Diversos

A elegância no comportamento

16 de outubro - 20h28

" Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que , talvez por isso, esteja cada vez mais rara : a elegância do comportamento.

  É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

  É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma, nem fotógrafos por perto.

  É uma elegância desobrigada.

  É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.

  Nas pessoas que escutam.

  E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

  É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.

  Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

  É possível detectá-la em pessoas pontuais.

  Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é que presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete.

  É elegante não ficar espaçoso demais.

  É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...

  É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.

  É elegante retribuir carinho e solidariedade.

  É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...

  Sobrenome, joias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

  Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.

  É elegante a gentileza; atitudes gentis falam mais que mil imagens...

  Abrir a porta para alguém ?

  É muito elegante.

  Dar o lugar para alguém sentar ?

  É muito elegante.

  Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...

  Oferecer ajuda ?

  Muito elegante.

  Olhar nos olhos ao conversar ?

  Essencialmente elegante.

  Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

  A saída é desenvolver em si mesma a arte de conviver, que independe do status social : é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que COM AMIGO NÃO TEM QUE TER ESTAS FRESCURAS.

  Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.

 Educação enferruja por falta de uso.

 E, detalhe: não é frescura.

 Bom dia !!!

 Boa tarde !!!

 Boa noite !!! "

 

 MARTHA MEDEIROS

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